Tudo vem de fora, quer seja intuições do Astral Superior (espíritos esclarecidos), ou do astral inferior (espíritos obsessores).... By Carlos Yates

O Homem e o Universo - Por Carlos Yates

Este é o título do excelente livro de autoria de Arthur Koestler sobre a história de como os cinco maiores nomes, pioneiros na astronomia, conseguiram mudar, num período de cerca de 200 anos, a visão do cosmos que se tinha até então.

Remontamos até 1473 ano em que nasce Nicolau Copérnico. Até aqui havia a ideia de que os astros se movimentavam em círculos perfeitos na abóbada celeste em virtude de sua “natureza perfeita” pois no céu mãos invisíveis de 55 anjos eram obrigadas a conservar o movimento circular constante das esferas planetárias conhecidas. Para o espírito moderno o fato mais notável da ciência medieval é que ela ignora números, peso, comprimento, velocidade, duração e quantidade pois até aqui se guiava por algumas concepções de Aristóteles o qual havia divorciado a ciência da matemática, em contrapartida aos pitagóricos que procediam mediante a observação e a medição.

Os aristotélicos, pelo método do raciocínio apriorístico utilizavam um estranho sistema de física derivado de noções e não de fatos. Era correta na época a teoria de que a Terra era o centro do universo e onde tudo que acontecia na esfera sublunar era causado e governado pelos movimentos das esferas celestes. Este dogma serviu de base lógica aos defensores da astrologia, tanto na idade média quanto na antiguidade.

Nicolau Copérnico, cônego, adiou a publicação de seu trabalho, “Sobre as Revoluções das Esferas Celestes”, por 30 anos.
O primeiro exemplar lhe chegou às mãos, vindo dos impressores, apenas algumas horas antes da sua desencarnação, que ocorreu na catedral de Frauenburg na Prússia Oriental, no limiar da cristandade civilizada. Vivera por 30 anos ali, um lugar severo e proibitivo, mas que além de uma visão do mar Báltico lhe proporcionava também uma bela visão dos astros à noite.

Entre outras coisas descobriu ele:

a) que os corpos celestes não se movem todos em torno do mesmo centro.
b) que a Terra não é o centro do universo e sim apenas o centro da órbita lunar. 
c) que o Sol é o centro do sistema planetário. d) que a Terra tem o movimento de rotação em torno de seu próprio eixo, etc.

Essas ideias foram a base para que outros como Tycho Brahe e Johannes Kepler, nascidos respectivamente em 1546 e 1571 também seguissem pelo mesmo caminho. Tycho foi um gigante da observação metódica e fez anotações minuciosas e valiosíssimas dos movimentos dos astros, como cálculos dos ângulos no horizonte e distâncias médias relativas.

Kepler aproveitou a grande quantidade de informações de Tycho, pois a este, a par de seus profundos estudos, lhe faltou a imaginação para compreender o verdadeiro significado da astronomia. Kepler lidava apenas com grosseiros instrumentos de medição, mas tinha intuição de gênio e ficou sobrepujado pela riqueza e precisão das observações de Tycho. Este havia amontoado um tesouro de dados como ninguém antes, mas estava velho e faltava-lhe a ousadia de construir, através da imaginação, o novo modelo do universo. As leis do universo estavam lá, nas suas planilhas, mas por demais profundamente ocultas, para que ele as pudesse decifrar. Mas foi só gradativamente, passo a passo, que Tycho repassou seus valiosos dados a Kepler, o único capaz de dar forma adequada àquelas infinitas anotações. A ligação entre estes dois durou 18 meses. Tycho com 53 anos e Kepler com 29 anos.

Kepler estabeleceu-se em Praga como matemático imperial de 1601 a 1612. Foi o período mais produtivo de sua vida, e lhe proporcionou a distinção sem par de fundar duas novas ciências: a ótica instrumental e a astronomia física. Publicou sua “Nova Astronomia” em 1609 onde aparecem as 2 primeiras leis planetárias das 3 que descobriu:

1) os planetas giram em torno do Sol, não em círculos, mas em órbitas elípticas,
2) que a o planeta cobre com sua órbita áreas iguais em tempos iguais.

Em 1564 nasce Galileu, fundador da moderna ciência dinâmica o que o situa entre os homens que estruturaram o destino humano. Ele forneceu o indispensável complemento às leis de kepler para o universo de Newton que sentenciou: “se pude enxergar mais longe foi porque me apoiei em ombros de gigantes”, e estes foram, principalmente, Kepler, Galileu e Descartes.

A igreja permitia que as teorias várias, contrárias aos textos sagrados, fossem debatidas, mas não as permitia serem tomadas como verdadeiras, por isso os estudiosos eram cautelosos em tornar público seus descobrimentos. Ora, Galileu utilizando seus aperfeiçoamentos do telescópio, tinha as provas sobre o movimento dos astros e insurgiu-se contra o fato disso não ser tomado como uma verdade.  Ele sofre a primeira denúncia ao santo ofício em 1614. Livra-se do processo, movido pelos mais fanáticos em 1616, sendo proibido de proclamar suas ideias. Mas em 1632 sofre nova denúncia por desobediência às sanções, e aí foi lhe imposta a abjuração das suas ideias. Falece no mesmo ano de nascimento de Isaac Newton em 1642.

Este célebre senhor britânico, no meio de um emaranhado de teorias e dados consegue formular a lei da gravitação universal conjuntamente com suas três leis, que fundamentaram a mecânica clássica. E, claro não podemos deixar de assinalar os efeitos dos estudos e postulados de René Descartes, filósofo, físico e matemático francês, nascido em 1596.

Podemos dizer que estes cinco pesquisadores colaboraram para devolver ao homem a sua razão e independência, subtraída até então por uma fanática religiosidade que o escravizava e tolhia mentalmente. Suas ideias tiveram seus bons frutos no tempo, mas fazendo o ser humano desacreditar num deus onipotente, infelizmente, o fez cativo da falsa impressão de que deve viver somente para a matéria. Felizmente esse falso conceito sofre um choque devastador com as ideias, novamente libertadoras, de Luiz de Mattos ao codificar o Racionalismo Cristão. Analisando bem, nos parece que o progresso humano tem-se feito em uma senoide, ou onda, onde ora se contempla o conhecimento material ora o espiritual e que, sem ambos nos devidos patamares máximos, não se alcança o tão sonhado equilíbrio.

Qual será nosso próximo passo? Uma coisa é certa: na imensidão desta galáxia rolam mundos, alocados hierarquicamente na concentricidade das zonas escola, densa, opaca, intermédia, Diáfana e de Luz Puríssima, esta a meu ver ocupando o centro físico, organizador e administrador da nossa Via Láctea.
Agroglifo encontrado em Milk Hill
em 12/08/2001 na Inglaterra
Será, repito, será que os sinais nas plantações de grãos da Europa, chamados de círculos ingleses ou agroglifos, não estarão a nos dar uma pista, nos mostrando a real existência de mundos tão longínquos que nosso melhor telescópio não alcança, mas visíveis pela nossa inteligência, conhecimento, sabedoria, espiritualidade e intuição?

O Homem e o Universo
Por Carlos Alberto Yates